INTRODUÇÃO:
Bodas no seu sentido material e linguístico significam: Festa de Casamento. A expressão “Bodas do Cordeiro” define o encontro da noiva (a Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos para sempre. Esta união será resultado de Seu sacrifício por ela, na cruz do Calvário, “…porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9).” O direito de casar com a igreja, foi-lhe concedido devido ao alto preço que Ele pagou por ela. A igreja tem um Dono! Por isso, só compreenderemos a expressão, “Bodas do Cordeiro”, se tivermos em mente que o Cordeiro é símbolo de sofrimento e sacrifício.
Proposição: Todo casamento gira em torno da noiva, mas estas são as Bodas do Cordeiro; Ele e mais ninguém deve ser digno.
Há pelo menos, três pontos importantes a serem destacados no presente texto:
A ETERNA ALEGRIA ENTRE DA NOIVA – IGREJA.
“…regozijemos e alegremos…” vs.7ª
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A alegria das Bodas apontava ao regozijo daquele dia em que Cristo levará Sua esposa ao lar do Pai, e os remidos juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro. Diz Ele:
´´Como o noivo se alegra da noiva, assim Se alegrará de ti o Teu Deus“. ´´Nunca mais te chamarão desamparada…mas chamar-te-ão: O Meu prazer está nela…Porque o Senhor Se agrada de ti“ (Is 62:5,4). ´´Ele Se deleitará em ti com alegria; calar-Se-á por Seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo “ (Sf 3:17).
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Será a celebração desse casamento, uma festa de grande alegria e glória.
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Os verbos traduzidos por “alegremo-nos” e “exultemos” encontram-se juntos somente em mais outro lugar no Novo Testamento, em Mateus 5.2 “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”.
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As duas passagens dizem basicamente a mesma coisa: os tempos podem ser difíceis, os dias podem ser escuros; sua face pode estar molhada de lágrimas, mas dias melhores virão. O Senhor está vindo para os Seus! “São chegadas às bodas do Cordeiro” é equivalente a “é grande a vossa recompensa no céu”!
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Os costumes em torno do casamento variam de lugar para lugar e de geração para geração, mas uma emoção é característica em todos os lugares: alegria.
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Hoje as posições estão invertidas. O mundo se alegre e a igreja passa por tribulações. Após o arrebatamento da igreja, tudo será diferente.
O VESTIDO JÁ FOI CONFECCIONADO PELO PRÓPRIO DEUS.
“…foi-lhe dado…” vs.8
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Após o afastamento do homem da presença de Deus, por consequência do pecado, O Criador providenciou as roupas espirituais que lhes proporcionariam a entrada de volta no gozo eterno ao lado do Seu Criador (Gn 3.21).
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Isto mostra que Deus providenciou tudo.
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A salvação do homem, o participar do gozo eterno com Cristo, não podem ser consequências dos seus próprios méritos. A nossa justiça humana, por mais perfeita que seja, não passa de trapo de imundícia perante O Criador (Is 64.6).
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O vestido que adorna a igreja é chamado de “atos de justiça dos santos”. Esta é a justiça baseada na fé em Jesus (Rm 1.17; 3.21; Fl 3.9).
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Jesus é o vestido que proporciona ao homem o eterno gozo de participar das bodas e habitar eternamente com Deus.
“…Ninguém vai a Deus a não ser por ele…” Jo 14:6.
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Quando o homem se despoja de si mesmo, reconhecendo toda sua impotência, imperfeição e passa a acreditar na justiça de Deus na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, então é justificado diante do Eterno Pai e automaticamente é envolvido com veste de salvação que lhes dá direito a desfrutar do gozo eterno que está preparado para todos aqueles que n’Ele crer (Is 61.10; Gl 3.27; Cl 3.3). Ele é a justiça que adorna a noiva.
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Poderemos usar de todos os subterfúgios humanos para cobrir-nos espiritualmente, mas isto é um trabalho que nunca acaba, pois as folhas de árvores secam e murcham. Precisamos de pele de cordeiro.
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Jesus se importa com aquilo que vestimos (Mt 22.1-13).
A NOIVA JÁ ESTÁ PREPARADA.
“Cuja esposa a si mesma já se ataviou” vs.7b.
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O texto bíblico enfoca um aspecto dessa preparação. Se você já se envolveu na preparação para um casamento, sabe que há muito para se fazer. Observe que a noiva a si mesma se ataviou, ela que se preocupou em vestir-se.
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A necessidade de vestir-se é universal
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Existem dois tipos de vestimentas utilizadas no Antigo Testamento: Lebush e Bagad.
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Lebush, é utilizada no texto acima, vem da raiz Bush e significa vergonha. O homem passou a usar roupas pela primeira vez, porque sentiu-se envergonhado diante de Deus.
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A segunda palavra é Bagad, esta vem da raiz Begued e significa rebelar-se. O homem necessita de roupas, porque rebelou-se contra O Criador.
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Após o pecado original, o homem não sentiu necessidade de se trajar, nem para o seu conforto nem por razões morais. Ele apenas colocou folhas de figueira entre seu corpo porque se sentiu envergonhado com a sua nudez.
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A nudez representa então, a consciência da corrupção, da quebra de um padrão estabelecido por Deus, o viver longe da presença de Deus, viver em desobediência.
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O homem precisa tomar uma atitude espiritual em relação a Jesus Cristo.
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Apocalipse 16.15, descreve o fato de termos as roupas sempre à mão como sinal de preparo espiritual para o encontro com Jesus. “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes…” .
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Deus preparou o paraíso, o homem deve preocupar-se em entrar lá. Deus preparou o banquete (a mesa já está preparada), o homem deve vestir-se adequadamente.
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O papel de Deus é providenciar o vestido, a do homem, é vestir-se.
CONCLUSÃO:
No arrebatamento da igreja, Cristo aparece como noivo que leva a noiva consigo, para que o relacionamento seja consumado e os dois se tornem um. Naquele ”…dia…” Cristo se unirá a sua igreja para nunca mais se separar dela. Estaremos com Ele no Tribunal; nas Bodas, na Ceia: na Sua manifestação (Parousia); no Milênio; no Juízo Final; na Nova Terra; finalmente na eternidade! Este é o ponto alto de nossa infinita felicidade, alegria e paz: ‘‘…sempre com o Senhor” (1Ts 4.17).
Pastor Eric Alberto